FRESCOBOL
Frescobol é um esporte tipicamente praiano, criado no Rio de Janeiro no século 20. É jogado por dois jogadores ou mais. É também comum sua prática em locais públicos.
No Frescobol não existe rivalidade, não há vencidos e nem vencedores. Como se joga cooperativamente, não há adversários e sim parceiros. É um jogo onde cultiva-se a amizade e o comprometimento nas jogadas [1].
Muitas vezes confundido com o Beach Tennis, o Frescobol se distingue basicamente pelo seu estilo cooperativo, em oposição ao estilo competitivo do Beach Tennis - este se assemelha mais ao Tênis e que, inclusive, possui área precisamente delimitada e uma rede de separação. Apesar das diferenças, raquetes semelhantes às do Frescobol são utilizadas atualmente em partidas amadoras de Beach Tennis, principalmente na Europa.
Jogo praticado com raquetes de madeira, na areia. São executadas batidas e rebatidas numa pequena bola de borracha, geralmente entre dois e três jogadores, masculinos e/ou femininos, imprimindo cada vez mais velocidade à bola.
O objetivo é mantê-la o maior tempo possível em movimento no ar. Duração: como lazer, definida pelos participantes; como competição, a seqüência é definida pelo número de toques nas batidas e rebatidas até que a bola toque o corpo de um dos participantes ou caia no solo.
Avaliação em competição: definida pelo maior tempo de bola em jogo, nos itens ataque, defesa e velocidade, pelo entrosamento entre os praticantes e maior número de toques na seqüência mais longa.

Origens:
No Brasil as primeiras aparições se deram no verão do ano de 1945 no Rio de Janeiro, na praia de Copacabana, entre os postos 4 e 6 (Gerheim, 1992; Moura, 1987, 1990). Criação atribuída ao industrial Lian Pontes de Carvalho (1918-1995), embora haja controvérsias.
Tornou-se o esporte preferido dos rapazes do Clube dos Cafajestes (grupo de jovens playboys das décadas de 1940 e de 1950), que representavam à época, o espírito lúdico, rebelde e boêmio do carioca (Figueiredo, Costa e DaCosta, 1996).
Década de 1950: O frescobol foi proibido em Copacabana, RJ, transferindo-se para as praias vizinhas como Ipanema e Praia do Diabo (Moura, 1987).
Décadas de 1960 e 1970: Intensa repressão policial e campanhas negativas por parte da imprensa no RJ, o que segundo Moura (1987), mais contribuíram para a sua popularização.
Nos anos de 1970, havia nas praias da zona sul do RJ um sistema de mensagens, sinais e alarmes que envolvia salva-vidas, vendedores ambulantes e outros esportistas que anunciavam a presença dos policiais (Moura, 1987). Desde os anos de 1960 houve tentativas de institucionalização, regulamentação e de campeonatos.

1971:
Resolução da Secretaria de Segurança Pública de nº 0451, que regulamentou todas as atividades esportivas nas praias do Rio, inclusive o frescobol, afastando-o da beira d’água até às 14:00 horas (Gerheim, 1992).

1994:
Há indícios de memória de que se realizou neste ano o I Campeonato Brasileiro de Frescobol.

Situação Atual:
Esse esporte, criado no caráter inventivo e sonhador de Lian Pontes de Carvalho, começou, segundo ele mesmo, por uma brincadeira de impulsionar uma bolinha de tênis descascada com o auxílio de uma tábua, tornou-se um dos esportes mais difundidos como prática de lazer nas praias brasileiras. Hoje, trata-se de um jogo encontrado praticamente em toda a orla marítima no Brasil.
O esporte é divulgado pelos próprios praticantes e recebe grande adesão popular dado ao baixo custo do equipamento e a simplicidade de sua prática.
As entidades representativas oficiais (Confederação e Federações) localizam-se nos estados: Bahia, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina. Existe uma Associação Brasileira de Frescobol e uma Liga Brasileira de Frescobol, ambas no estado de São Paulo.